POEMEU COM MALDIÇÃO ½ BÍBLICA
Não durmam nunca
Os que legislam mal.
Fique cego e surdo
Quem prende inocente,
Bexiguento e gago,
Os que baixam o pau,
Amaldiçoados
Os que roubam a gente.
Na minha rua mora um general,
cara de mau,
como convém a todo general.
ninguém sabe em que batalhas
ganhou a série de medalhas
que ostenta sobre o peito varonil.
Também,pra que saber
Viva o Brasil!
PARA COMEMORAR O MÊS DO PAPAI
A OUTRA FACE DE PESSOA
Conhecemos o magnífico trabalho poético de Fernando
Pessoa e seus heterônimos: Ricardo Reis,Álvaro de Campos e Alberto Caeiro.
Mas, eu mesma,”pessoista”de carteirinha,nunca imaginei
que ele fosse muito bom,também,na sátira política.
Portanto ,foi entre intrigada e deslumbrada que descobri
esses versos satíricos que,sob o pseudônimo de Sidonio,ele fez para Salazar,o
todo poderoso senhor de Portugal dos anos 30 aos 50.
Ei-los:
Antonio de Oliveira Salazar.
Três nomes em seqüencia regular...
Antonio é Antonio,
Oliveira é uma árvore,
Salazar é só apelido.
Até ai está bem,
o que não faz sentido
É o sentido que isto tem.
Este senhor Salazar
é feito de sal e azar.
Se um dia chove,
a água dissolve
o sal,
e sob o céu
fica só azar,é
natural.
Oh, c’os diabos!
Parece que já choveu...
Coitadinho
do tiraninho!
Não bebe vinho
Nem sequer sozinho...
Bebe a verdade
e a liberdade,
e com tal agrado
que já começam
a escassear no mercado.
Coitadinho
do tiraninho!
O meu vizinho
está na Guiné,
e o meu padrinho
no Limoeiro
aqui ao pé,
mas, ninguém sabe porque...
Mas,enfim,é
certo e certeiro
que isto consola
e nos dá fé:
que o coitadinho
do tiraninho
não bebe vinho,
nem até
café...
A POLÍTICA E OS POEMAS
Nosso artigo de hoje nem é um artigo, mas,vai fundo.
Vamos compartilhar a poesia que é
uma coisa bela e pura com as impurezas mal cheirosas da política nacional e mundial.
Poetas e políticos juntos? Pirou
garota?!
Quase,mas,ando fazendo bobagens há
muito tempo,mais uma não fará diferença.
Vamos começar com o nosso Feliciano que está em cartaz no momento
e,por causa deste caso,nosso povo
indignou-se,o que é raro.
Vai acabar numa pizza monumental?
O IN –feliciano vai sair?Se sair,vai reclamar ?
O nosso nunca esquecido Millôr
tem a resposta:
“A coisa vem de longe
Do passado.
Caim nunca foi
Pronunciado.”
Viu? A poesia também é profética.
Já para o nosso Congresso nada muda.Com as maiores cara de pau do
planeta,devidamente tratadas a óleo de peroba,ficam lá,no macio, como se não
tivessem nenhuma participação nos acontecimentos.
Millôr ataca:
“Líderes,santos
Políticos, cientistas
Tá tudo na TV
Buscando todos,
Nervosos,
A glória
A qualquer custo.”
Já na política americana...
“Obama diz que não
fica pra trás.
Como Sarkozy já dizia
Algumas guerras atrás.”
Nossos candidatos a prefeito não
são perfeitos; em Salvador,vamos mal,estamos ressuscitando muito nazareno que
já devia estar enterrado.
Agora,enterrada mesmo será nossa
cidade,que maldade!
“Tempos de paz
Mentira como gás.
Tempos de guerra
Mentira como terra.
Tempo de eleição
Mentira de montão.”
O que fizeram da Grécia,berço da
cultura clássica, depois substituída pela cultura judaico-cristã,tão maléfica a
humanidade.
Por fim,combalida,estuprada e
roubada pelos alemães de Merkel durante a Segunda Guerra,agora tropeçou no Euro
e está á beira da falência.
E assim vai a pátria de Platão e
Sócrates.
“Os gregos jogaram fora
Os coronéis e a feiura
E botaram a Melina
No lugar da Ditadura.
Mas,poder não é araruta
Nunca esquecer que foi lá mesmo
Que Sócrates bebeu cicuta.”
Enfim...
““Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril”
*Poemas de Millôr
Textos e reflexões da Miriam
Sales
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