Ei,amigo,
não esqueça o comentário...
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PAGAMENTO DE BENEFÍCIO
Jorge era aposentado,vivia em Copacabana,recebia duas aposentadorias,mas ,não se queixava da vida.
Alegre,amigo de um dominózinho com os amigos nos fins de tarde e de uma cervejinha nos fins de semana,desde que ficara um viúvo sem filhos,optou por viver só num pequeno quitinete onde tinha tudo que precisava:praia,amigos e mulheres bonitas que desfilavam no calçadão,mostrando quase tudo.O “quase”,a imaginação completava.
Pois neste sábado de dezembro,fresco e ensolarado,Jorge se levantou ás seis ,tomou um
pingado na padaria da esquina e rumou para a praia,quase deserta aquela hora.
O dia prometia.
-Ôba,o que vai dar de mulher bonita aqui hoje,pensava!
Numa esquina, velhotes usando o uniforme especial de Copacabana –shorts,camiseta e chapelão – discutiam política e os mal feitos do governo que estava mais uma vez mexendo nas aposentadorias.
-Bandido!
-Ladrão!
-Como se pode viver com essa merreca!
-É uma piada!
-Se eu encontrasse esse presidente pulha juro que o matava, ameaçava Seu Boanerges,um pernambucano arretado que morava na Ayres Saldanha e nunca tinha matado nem uma mosca.
Jorge cumprimentou a todos,parou um pouquinho,mas,como não gostava nada de política ,seguiu o caminho da praia.
Sabia quem era o presidente,o nome de alguns ministros,também se queixava da tunga no bolso dos velhinhos,mas,daí a envenenar o fígado num dia de sol,nem pensar.Não ia dar jeito,mesmo...
Voltaria no fim da tarde para o dominó.
Na praia,arrancou a camiseta e caiu n’água.Que maravilha!Mar calmo,nem sinal de ressaca,ondas grandes,mas,suaves e,como era bom nadador,meteu-se entre elas,com vontade.
Assim ficou por muito tempo ,bailando nas ondas ,quando há uns vinte metros dali ,ouviu os gritos.Apurou os ouvidos ainda bons apesar dos quase setenta.
-Ôpa,parece que tem alguém em apuros.
Saiu da água,esquadrinhou a praia e reparou no sujeito que gritava por socorro e balançava os braços desesperado.Vinha a onda forte,o homem sumia,depois tornava a aparecer os braços e a cabeça,um desespero.
Jorge entrou n’água,nadou rapidamente e agarrando o homem pelos ombros o arrastou para a areia.
Estava salvo!
Depois que o quase náufrago se recompôs,ajeitou o cabelo e limpou a areia do rosto.Jorge descobriu que havia salvo o Presidente,que estava no Rio,gozando umas curtas férias.
Agradecido,o Presidente lhe disse:
-Amigo,você salvou minha vida.Estou muito grato.Peça o que quiser.
- Sei,reconheci o senhor logo que chegamos na areia. E,acrescentou: - Depois do salvamento.
-Pois,então.Peça o que desejar.
Jorge,muito desconcertado,olhou prum lado,olhou prum outro e disse baixinho:
-Senhor,faça um favor prá mim;não conte pra ninguém que fui eu que lhe salvei.
E,ainda mais acanhado:
-Se não ninguém mais vai me querer na rodada de dominó.
KKKK...e ele não deixa de ter razão!Sensacional sua história!Só...risos por aqui!Bjs,
ResponderExcluirAmiga,que bom que gostaste.
ResponderExcluirBom fim de semana! bjs
SE FOSSE A DILMA APOSTO QUE ELE FARIA RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA... RSRSRSRSRSR !!! BJSSS POÉTICOS !!!
ResponderExcluirAh, pegou pesado! Tirou a chance de Jorge "melhorá de vida" rsrs. Ficou muito boooommm!!! SOL risos, Ops! Só-risos. Bjs, querida!
ResponderExcluirNão sei,não,Dri;embora mulher ,ela é presidenta. rsss bjks
ResponderExcluirSeu Jorge n/ se arriscou,querida poeta.
ResponderExcluirbjks da amiga.