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sábado, 27 de agosto de 2011



Ei,amigo,
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PAGAMENTO DE BENEFÍCIO



Jorge era  aposentado,vivia  em Copacabana,recebia duas aposentadorias,mas ,não se queixava da vida.
Alegre,amigo de um dominózinho com os amigos nos fins de tarde e de uma cervejinha nos fins de semana,desde que ficara um viúvo sem filhos,optou por viver só num pequeno quitinete onde tinha tudo que precisava:praia,amigos e mulheres bonitas que desfilavam no calçadão,mostrando quase tudo.O “quase”,a imaginação completava.
Pois neste sábado de dezembro,fresco e ensolarado,Jorge se levantou ás seis ,tomou um
pingado  na padaria da esquina e rumou para a praia,quase deserta aquela hora.
O dia prometia.
-Ôba,o que vai dar de mulher bonita aqui hoje,pensava!
Numa esquina, velhotes usando o  uniforme especial de Copacabana –shorts,camiseta e chapelão – discutiam política e os mal feitos do governo que estava mais uma vez mexendo nas aposentadorias.
-Bandido!
-Ladrão!
-Como se pode viver com essa merreca!
-É uma piada!
-Se eu encontrasse esse presidente pulha juro que o matava, ameaçava Seu Boanerges,um pernambucano arretado que morava na Ayres Saldanha e nunca tinha matado nem uma mosca.
Jorge cumprimentou a todos,parou um pouquinho,mas,como não gostava nada de política ,seguiu o caminho da praia.
Sabia quem era o presidente,o nome de alguns ministros,também se queixava da tunga no bolso dos velhinhos,mas,daí a envenenar o fígado num dia de sol,nem pensar.Não ia dar jeito,mesmo...
Voltaria no fim da tarde para o dominó.
Na praia,arrancou a camiseta e caiu n’água.Que maravilha!Mar calmo,nem sinal de ressaca,ondas grandes,mas,suaves e,como era bom nadador,meteu-se entre elas,com vontade.
Assim ficou por muito  tempo ,bailando nas ondas ,quando há uns vinte metros dali ,ouviu os gritos.Apurou os ouvidos ainda bons apesar dos quase setenta.
-Ôpa,parece que tem alguém em apuros.
Saiu da água,esquadrinhou a praia e reparou no sujeito que gritava por socorro e balançava os braços desesperado.Vinha a onda forte,o homem sumia,depois tornava a aparecer os braços e a cabeça,um desespero.
Jorge  entrou  n’água,nadou rapidamente e agarrando o homem pelos ombros o arrastou para a areia.
Estava salvo!
Depois que o quase náufrago se  recompôs,ajeitou o cabelo e limpou a areia do rosto.Jorge descobriu que havia salvo o Presidente,que estava no Rio,gozando umas curtas férias.
Agradecido,o Presidente lhe disse:
-Amigo,você salvou minha vida.Estou muito  grato.Peça o que quiser.
- Sei,reconheci o senhor logo que chegamos na areia. E,acrescentou: - Depois do salvamento.
-Pois,então.Peça o que desejar.
Jorge,muito desconcertado,olhou prum lado,olhou prum outro e disse baixinho:
-Senhor,faça um favor prá mim;não conte pra ninguém que fui eu que lhe salvei.
E,ainda mais  acanhado:
-Se não ninguém mais vai me querer na rodada de dominó.

















6 comentários:

  1. KKKK...e ele não deixa de ter razão!Sensacional sua história!Só...risos por aqui!Bjs,

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  2. Amiga,que bom que gostaste.
    Bom fim de semana! bjs

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  3. SE FOSSE A DILMA APOSTO QUE ELE FARIA RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA... RSRSRSRSRSR !!! BJSSS POÉTICOS !!!

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  4. Ah, pegou pesado! Tirou a chance de Jorge "melhorá de vida" rsrs. Ficou muito boooommm!!! SOL risos, Ops! Só-risos. Bjs, querida!

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  5. Não sei,não,Dri;embora mulher ,ela é presidenta. rsss bjks

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  6. Seu Jorge n/ se arriscou,querida poeta.
    bjks da amiga.

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